Basta ligar a televisão, abrir o jornal ou entrar em um site de notícias da internet para encontrar diversas matérias e artigos relacionadas a saúde e alimentação. Se por um lado é excelente ter tanta informação sobre o tema à disposição, por outro o excesso de reportagens pode deixar as pessoas um pouco confusas, sem conseguir identificar o que é realmente verdade ou não.
E é justamente aí que mora o perigo. Sem poder determinar que informação deve ser levada a sério ou não, o leitor, telespectador ou internauta pode cair em alguns mitos relacionados à dieta que a mídia – mesmo sem querer, em alguns casos – acaba propagando. Alguns deles você confere na lista a seguir:
A fama dos carboidratos não é nem um pouco boa, tanto que existem até algumas dietas que reduzem drasticamente o consumo do nutriente na alimentação, como a dieta Atkins. Como não poderia ser diferente com a imprensa, os meios de comunicação também não têm os carboidratos em boa conta e uma das mentiras que perdura é a relação da substância com a insulina.
O que se diz é que aumentar o consumo dos carboidratos provoca insensibilidade ao hormônio, que é o responsável pelo transporte de glicose até as células. Entretanto, o fato é que isso realmente pode ocorrer para portadores de diabetes e quem ingere o nutriente em excesso, mas não para quem consome o nutriente na medida certa.
Além disso, não é bom esquecer que cortar completamente os carboidratos pode prejudicar a saúde, causando desequilíbrio ao nosso corpo, já que eles servem como fonte de energia para o organismo.
O “problema” com os ovos está especificamente nas gemas. Por mais que elas tenham vários nutrientes, também podem conter bastante colesterol. No entanto, isso é um mito, já que o fato de comer um alimento com colesterol não necessariamente aumentará as taxas de colesterol no organismo.
Outro ponto importante é que os ovos são uma fonte importante de gorduras e proteína e a sua associação com o surgimento de doenças cardiovasculares também pode ser exagerada.
Veja também: Comer Ovo Aumenta o Colesterol Mesmo?
O problema com essa afirmação é que cravar com certeza que um alimento ou outro causará câncer é entrar em um terreno perigoso. É que praticamente tudo o que comemos tem um potencial para fazer com que a doença se desenvolva, o que não significa 100% de chance que ela surgirá.
A questão com o alimento é que foi descoberto que alguns compostos chamados hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) presentes na carne defumada podem danificar o genoma, o que é classificado o primeiro passo para o aparecimento do câncer.
No entanto, a evidência que se tem é que a carne vermelha coloca uma pessoa em risco de ter câncer, caso ela não tenha um estilo de vida saudável e fume. Quem pratica atividade física regularmente e come legumes não precisa se preocupar com isso.
Sendo isso, quem quer se prevenir contra a doença deve melhorar o estilo de vida e largar maus hábitos como o de fumar em vez de simplesmente cortar a carne vermelha da dieta. Tudo bem que você pode diminuir a quantidade de carne vermelha que consome mas não precisa cortar.
São incontáveis as vezes em que a gordura saturada apareceu em reportagens jornalísticas como a vilã da dieta. Entretanto, é importante ressaltar que ela própria não é a responsável por doenças cardiovasculares e que é fundamental saber escolher as fontes de gordura na alimentação. Há uma diferença entre um bife de vaca e a carne servida no hambúrguer de um restaurante fast-food, por exemplo.
Também é de grande ajuda entender que o fato de não comer gordura não resultará necessariamente na perda de gordura no corpo e que a falta de gordura saturada pode prejudicar a produção de testosterona. Isso sem contar que o nutriente ainda serve como fonte e reserva de energia para o nosso corpo. Por isso, o jeito não é eliminar da alimentação, mas sim consumi-la sem exageros.
Não é que o sal não deixe a pressão arterial elevada, ele realmente pode fazer isso com quem sofre de hipertensão sal-sensível (HSS), porém, outros fatores como o Índice de Massa Corporal (IMC) podem ser mais determinantes no surgimento da doença.
Isso não exclui o fato de que o consumo excessivo de sódio é associado a outros problemas graves de saúde como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Apesar de realmente ser melhor do que o branco por possuir mais fibras, macronutrientes, baixo índice glicêmico e um teor menor de insulina, essas diferenças não são tão grandes assim. A verdade é que o teor de macronutrientes da versão integral do produto não é tão alta assim e nem o de fibras, quando comparamos com outros alimentos como frutas e legumes. O maior erro é a pessoa achar que por estar comendo pão integral não há qualquer problema. Vale lembrar também que muitos do que se dizem integrais, não são verdadeiramente integrais, tem apenas farinha enriquecida.
O mito surgiu por conta de alguns estudos científicos. Um deles dizia que o consumo elevado do nutriente estava relacionado ao aumento de cálcio na urina, o que poderia causar redução na massa óssea com o passar do tempo. Entretanto, isso foi negado por outra pesquisa que determinou que o cálcio presente na urina não era um bom medidor da massa óssea e que a proteína na verdade não causaria nenhum tipo de efeito aos ossos ou poderia até protegê-los.
Outro estudo indicava que o alto consumo de proteínas poderia causar muita pressão aos rins. Porém, mais uma nova pesquisa mostrou resultados indicando que uma alimentação rica no nutriente não prejudica os rins.
O problema da afirmação é o fato dela ser absoluta. Isso porque uma vitamina pode não ser facilmente encontrada na natureza e nos alimentos que consumimos no dia a dia, fazendo com que a suplementação venha a suprir a necessidade do nutriente que uma pessoa possa ter.
É bem verdade que a digestão faz com que o metabolismo trabalhe de maneira mais rápida, porém, comer pouco não adiantará muito, já que para que essa taxa metabólica fique constante é necessário comer mais. E esse aumento da velocidade ainda pode ser considerado muito baixo, quando comparamos com as calorias consumidas para a realização da digestão.
Além disso, comer pouco muitas vezes por dia pode dificultar a saciedade do organismo e fazer com que a pessoa acabe exagerando uma hora ou outra no consumo de calorias.
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A verdadeira dieta é verduras cruas e frutas. Pesquisem a respeito. Há mais nutrientes em alimentos orgânicos crus que qualquer outro produto com um rótulo e preço no supermercado. Todos querem vender e lucrar (carne, frutas e verduras com agrotóxicos,pílulas vitamínicas, etc). Abram os olhos, a natureza dá o melhor para o nosso corpo, todo o resto é NEGÓCIO!!
Cardiologista me examinou porque eu tinha hipertensão. Cortou o sal, tirou as vitaminas, receitou antihipertensivos e eu infartei. Hoje com tres safenas, mesmo com restrições, levo uma vida normal, sem abusos, mas sem cortes. Estou bem. Aprendi que conselhos médicos também são contraindicados e podem matar. Como não dá para confiar em diplomas e cirurgiões resolvi aprender a me cuidar sozinho.