5 principais sintomas do AVC e o que fazer

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Há certas situações de emergência em que é preciso saber reconhecer o problema e agir rápido. É o caso de emergências como o acidente vascular cerebral. Saiba então quais são os principais sintomas do AVC para identificar uma emergência.

Todos sabemos que hábitos saudáveis contribuem para a longevidade e para a baixa incidência de problemas de saúde. Também estamos cientes de que seguir uma dieta pouco nutritiva é prejudicial para o nosso corpo.

De fato, estudos como o publicado no periódico científico Stroke afirmam que o consumo diário de refrigerantes e bebidas diet tem relação com o AVC e a demência. Continue lendo para reconhecer facilmente os sinais de um AVC e encontre dicas que ajudam a prevenir.

Acidente Vascular Cerebral

O acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame cerebral, é o rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro ou o bloqueio no suprimento de sangue para o órgão.

Tanto o sangramento na cabeça quanto a falta de sangue no cérebro são preocupantes e podem impedir que sangue e oxigênio alcancem os tecidos cerebrais, causando graves consequências.

Se não houver oxigênio suficiente, células e tecidos do cérebro podem sofrer danos e morrer em poucos minutos, o que causa dano cerebral e incapacidade a longo prazo.

Se nada for feito logo após o aparecimento dos primeiros sintomas do AVC, os danos podem ser irreversíveis e o paciente pode até morrer.

Como identificar e principais sintomas do AVC

AVC

A interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro pode causar sintomas que surgem em várias partes do corpo que são controladas pelo cérebro.

Sendo assim, os sintomas do AVC podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da área do cérebro que foi afetada. Mas, em geral, os sinais envolvem sensibilidade, fraqueza ou perda de movimento em um lado do corpo e mudanças na visão, no equilíbrio e na clareza mental.

Veja com mais detalhes os principais sintomas do AVC e como identificar cada um deles.

1. Dor de cabeça

A dor de cabeça que aparece de forma súbita e intensa sem uma causa adjacente pode ser um sinal de derrame. Além da dor, é provável ter alterações na consciência e sentir náuseas ou vômitos.

2. Dormência

A sensação repentina de dormência ou de fraqueza em locais como o rosto, o braço ou a perna, especialmente em apenas um dos lados do corpo, é um sinal claro de AVC.

É possível também que o membro afetado fique temporariamente paralisado ou que a pessoa não consiga movimentar parte do corpo.

O formigamento no braço pode indicar vários problemas de saúde. Para diferenciar um AVC de outras condições, observe se o formigamento ou dormência ocorre em um ou em ambos os braços. Se afeta um braço só, pode ser um sinal de derrame.

3. Confusão

A confusão súbita pode ser observada através da dificuldade ou incapacidade em falar ou em entender as pessoas ao seu redor. O discurso da pessoa afetada também pode se tornar repentinamente ofensivo.

É comum que uma pessoa nesse estado não consiga repetir uma frase ou se comunicar como faria em uma situação normal.

4. Alterações na visão

A visão também pode ser afetada – seja em um ou nos dois olhos de uma vez. Você pode perceber a visão dupla, turva ou escurecida, por exemplo. Esse sintoma pode causar ainda mais desorientação física e mental e dificultar o pedido de ajuda.

5. Dificuldade de locomoção

A dificuldade súbita para caminhar é outro sintoma do AVC que não deve ser ignorado. Outros sinais incluem ainda a tontura, a falta de equilíbrio ou a ausência de coordenação motora.

Outros sintomas do AVC possíveis em mulheres

Em geral, os sintomas do AVC em mulheres e homens são os mesmos, mas alguns deles são mais comuns em mulheres. Eles também acontecem de forma repentina e podem incluir:

  • Falta de ar;
  • Mudança comportamental repentina;
  • Fraqueza geral;
  • Irritação;
  • Náusea ou vômito;
  • Soluços;
  • Desorientação e alucinação;
  • Dores;
  • Desmaio ou perda de consciência;
  • Convulsões.

De acordo com a Harvard Medical School (Escola Médica de Harvard), as mulheres apresentam um risco mais alto de ter um derrame do que os homens e por isso é importante prestar atenção nos sintomas adicionais que são mais recorrentes nelas.

O que fazer

A rápida identificação dos sintomas do AVC é imprescindível para diminuir os danos cerebrais que o derrame pode causar em uma pessoa.

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças), o tratamento funciona melhor quando o AVC é diagnosticado dentro de até 3 horas após o surgimento dos primeiros sintomas.

Assim, ao apresentar um ou mais dos sintomas acima, vá até o médico.

Ao suspeitar que alguém que está com você está tendo um derrame, faça o seguinte teste que os médicos costumam chamar pela sigla FAST (do inglês, Face, Arms, Speak, Time – que significa rosto, braços, fala e tempo):

  • F – peça para que a pessoa tente sorrir. Se um lado do rosto cair, é sinal de um derrame;
  • A – solicite que o indivíduo levante os dois braços para o alto. Se a pessoa não conseguir levantar um deles ou se um dos braços cair ou ficar mais baixo do que o outro, pode ser outro sintoma de AVC;
  • S – fale uma frase simples e peça para a pessoa repetir. Caso a fala pareça arrastada ou diferente, isso pode ser mais um sinal;
  • T – se algum dos testes acima forem positivos, não perca mais tempo e ligue para a emergência e espere o resgate ou então vá para o centro médico mais próximo.

Segundo a American Heart Association (Associação Americana do Coração), não é necessário exibir todos os sintomas “FAST” para procurar ajuda. O tratamento rápido melhora as chances de recuperação sem sequelas e isso por si só já justifica a procura por atendimento médico.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já sofreu com sintomas do AVC alguma vez? Correu para o atendimento médico rapidamente? Comente então como foi a recuperação!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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