Conheça para que serve e todos os benefícios da agripalma, além de saber quais cuidados precisamos ter em relação a essa planta e como usar.
É simpático ao uso dos produtos à base de plantas, porém ainda não sabe para que cada uma serve? Então, não deixe de ampliar os seus horizontes e conheça os fitoterápicos para emagrecer mais populares
Sobre a agripalma
A agripalma (Leonurus cardiaca) também pode ser chamada pelos nomes de cardíaca, orelha-de-leão, calda-de-leão, rabo-de-leão, erva de macaré, cardiária, cordão-de-frade, erva-do-mal-de-cor, leonuro, melissa silvestre, tolonga e totonga.
Trata-se de uma planta herbácea, que faz parte da família Lamiaceae, originária da Europa. Ela é nativa da Eurásia (porção de massa continental formada pela Europa e pela Ásia) central e os registros do seu uso para fins medicinais datam do século XV na Europa.
Atualmente, ela pode ser encontrada, por exemplo, na forma de chá, cápsula ou tintura.
Para que serve – 5 benefícios da agripalma
1. Ansiedade cardíaca
O Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa [1ª edição/1º Suplemento/2018]) aponta que uma tintura à base da planta agripalma pode ser indicada para auxiliar a amenizar os sintomas da ansiedade cardíaca como a palpitação e o desconforto precordial (região adiante do coração).
Entretanto, o documento adverte que o uso do produto para esta finalidade deve ocorrer somente se o médico tiver excluído a existência de condições de saúde mais grave. Em outras palavras, antes de usar uma tintura de agripalma para lidar com a ansiedade cardíaca, é obrigatório consultar o médico.
2. Pressão alta
Pesquisas iniciais sugeriram que o uso oral de um extrato de agripalma ao longo de 18 dias pode diminuir a pressão arterial em pessoas com pressão muito alta.
No entanto, as evidências a respeito destes benefícios da agripalma são consideradas insuficientes.
Não podemos esquecer que a pressão alta é uma doença perigosa que pode gerar complicações graves como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC), aneurisma, insuficiência do coração, síndrome metabólica, dificuldade de memória ou compreensão e demência.
Ou seja, antes de começar a usar a agripalma para lidar com a pressão alta, é essencial consultar o médico, só utilizar a planta neste sentido se o profissional autorizar e sempre conforme as suas instruções.
Jamais faça uso da agripalma ou de qualquer outra planta no lugar de um tratamento já recomendado pelo médico porque isso pode ser bastante perigoso para a saúde.
3. Sintomas da menopausa
Estudos iniciais apontaram que o uso oral de uma combinação entre agripalma, bardana, dong quai, raiz de alcaçuz e inhame selvagem ao longo de 12 semanas pode diminuir sintomas da menopausa como ondas de calor, problemas para dormir, mudanças de humor e ressecamento vaginal.
Porém, também apontaram que as evidências a respeito dos benefícios da agripalma para reduzir os sintomas da menopausa são consideradas insuficientes. Portanto, antes de usar a agripalma sozinha ou em conjunto com outras plantas para lidar com a menopausa, consulte o médico e só use a erva se e como o profissional indicar.
Para as mulheres que já entraram no período da menopausa – e estão sofrendo com o mesmo – vai valer a pena conhecer as dicas de alimentação para a menopausa.
4. Inflamação
Um estudo divulgado na publicação Immunopharmacology and Immunotoxicology (Imunofarmacologia e Imunotoxocologia, tradução livre), apontou que a agripalma desacelerou a liberação de uma série de compostos pró-inflamatórios em experimentos conduzidos em células humanas.
Dada essa descoberta, os autores do estudo concluíram que a agripalma pode ajudar a controlar doenças inflamatórias. Entretanto, a pesquisa é preliminar e esses resultados não significam que você vai experimentar os mesmos resultados se consumir a erva.
5. Saúde do coração
Uma pesquisa do ano de 2014, de autoria de cientistas da Lituânia e da República Tcheca, apontou que antioxidantes presentes na agripalma podem auxiliar a proteger o coração contra danos.
Pesquisas preliminares mostram que a agripalma pode ter habilidades protetivas ao coração. Por exemplo, ele já mostrou relaxar as células do coração e ajudar a prevenir coágulos sanguíneos que causam ataques cardíacos.
Por outro lado, as evidências acerca do uso da agripalma para problemas no coração são insuficientes. Além disso, um dos possíveis efeitos colaterais da agripalma é a alteração no ritmo cardíaco.
Aliando isso ao fato de que um problema cardíaco costuma ser algo grave, antes de pensar em usar a agripalma para lidar com qualquer tipo de problema no coração é crucial consultar o médico.
Já para quem não sofre com doenças cardíacas, nunca é cedo para começar a prevenir e incluir alimentos bons para o coração nas refeições.
Efeitos colaterais, contraindicações e outros cuidados com a agripalma
Agora que já falamos a respeito dos benefícios da agripalma, vamos conhecer o outro lado da moeda: os cuidados que ela exige e as situações em que a utilização da planta não é adequada.
O uso de dosagens elevadas da planta pode provocar alterações no ciclo menstrual. Outros efeitos colaterais associados à agripalma incluem diarreia, sonolência, sedação, pressão baixa, irritação estomacal, contração uterina e sangramento uterino. A sua aplicação na pele pode resultar em erupções e aumento da sensibilidade ao sol.
Caso experimente qualquer reação adversa ao usar a agripalma, procure rapidamente o auxílio médico, mesmo que não imagine se tratar de um problema tão grave assim. Isso é importante para verificar a real seriedade do problema em questão, receber o tratamento apropriado e saber se pode continuar ou não a utilizar a planta.
Vale destacar ainda que a agripalma é contraindicada para as mulheres grávidas – a erva pode estimular o útero e provocar um aborto –, para as mulheres que se encontram no período menstrual e para as pessoas que têm distúrbios hemorrágicos ou possuem pressão baixa.
Por sua vez, os pacientes que sofrem com algum tipo de doença cardíaca precisam consultar o médico antes de começar a usar a agripalma. O uso da planta também deve ser evitado pelo menos duas semanas antes da data marcada para a realização de um procedimento cirúrgico.
A tintura da agripalma é um produto de uso adulto, que não pode ser usada pelas mulheres que amamentam, pelas pessoas que sofrem com hipersensibilidade aos componentes da sua formulação, pelos alcoólatras e pelos diabéticos.
O produto também não é recomendável para pessoas com hipersensibilidade aos alcaloides (estaquidrina, betonicina e leonurina), iridoides (leonurídeo), diterpenos (leocardina) e flavonoides (glicosídeos de apigenina, canferol e quercetina) e para os pacientes que fazem uso de glicosídeos cardíacos e depressores do sistema nervoso central. A agripalma é contraindicada ainda para os indivíduos quem seguem tratamento com sedativos ou tomam medicamentos anticoagulantes.
Por isso, antes de começar a usar a agripalma é preciso relatar ao médico todos os medicamentos, suplementos e plantas que já utilize para que ele verifique se não é perigoso fazer uso da agripalma ao mesmo tempo em que a substância em questão.
Com todos esses cuidados em vista, torna-se aconselhável para todas as pessoas – não apenas os grupos previamente mencionados – consultar o médico antes de iniciar o uso da agripalma para qualquer finalidade, como forma de ter certeza de que a planta realmente pode ajudar o seu caso em particular e, principalmente, de que ela não pode fazer mal.
Caso os sintomas piorem com o uso de um fitoterápico à base de agripalma, o médico deverá ser consultado novamente.
Como usar agripalma
A indicação do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira da Anvisa (1ª edição/1º Suplemento/2018) para o uso da tintura de agripalma é a ingestão oral de 2 ml a 6 ml do produto, diluídos em 50 ml de água, três vezes ao dia, na indicação de auxiliar do alívio dos sintomas da ansiedade cardíaca.
Entretanto, antes de começar a usar a agripalma na forma de tintura, chá ou cápsula para essa ou qualquer outra finalidade é fundamental consultar o médico para conferir qual a dosagem, frequência de uso e duração máxima do tratamento que são eficientes e seguras para o seu caso em particular.
Como bem poucos estudos testaram os efeitos da agripalma em humanos, não se sabe se essa erva é segura para o uso de longo prazo ou regular ou como ela pode interagir com medicamentos ou outros suplementos.
Fontes e Referências Adicionais:
- https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ibc-147879
- https://www.webmd.com/vitamins/ai/ingredientmono-126/motherwort
- https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/high-blood-pressure/symptoms-causes/syc-20373410
- https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/08923970802135443
- https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0034-1368426
Dotara como faço para ter uma consulta para ajudar minha mãe foi muito legal o que aprendi sob agripalma