Após sofrer deformação no nariz, enfrentar muitas dores e idas ao hospital, Amanda Kenvyn, 33 anos, descobriu uma doença autoimune.
A britânica sentiu fortes dores de cabeça, nas articulações e nos seios durante toda a gravidez, mas os médicos lhe disseram que estava tudo certo em sua saúde e na do bebê e que o desconforto iria embora após o parto. Mas não foi o que aconteceu, aliás, a situação só piorou depois da chegada do neném.
Devido às fortes dores de cabeça, Amanda começou a enfrentar crises de sinusite constantes.
“Continuei voltando aos médicos e eles diziam que era pós-parto. Toda semana voltava porque coisas estranhas estavam acontecendo. Eu não conseguia tirar meu bebê do berço e perdi a sensibilidade nas pernas algumas vezes”, detalhou ela ao The Sun.
A mulher decidiu procurar ajuda médica novamente após uma amiga perceber que seu nariz estava em um formato diferente. Desta vez, os especialistas apontaram um problema de saúde chamado granulomatose com poliangiite.
A doença autoimune é uma inflamação nos vasos sanguíneos, causando a má circulação do sangue para os órgãos e tecidos. A parede dos vasos é agredida pelo próprio sistema imunológico do corpo, o que provoca a inflamação de artérias.
O problema de saúde causa dormência, formigamentos e manchas na pele. Podem surgir ainda, em casos mais sérios, alterações nas vias aéreas superiores, gerando sintomas parecidos com os de uma sinusite, mas afetando também a respiração e a deglutição. Existe o risco da condição levar à erosão da cartilagem do nariz, como foi o caso de Amanda.
“Sofro com sangramento nasal diariamente e tive que inserir tubos de vidro em ambos os olhos para impedir infecções. Minha traqueia é mais estreia e preciso fazer cirurgias a cada seis meses para reabri-la. Odeio isso, mas não há nada que possa ser feito”, lamentou.
Por ser uma doença rara, Amanda ficou confusa com o diagnóstico e achou que corresse risco de vida.
“O primeiro pensamento que tive foi: ‘Por que eu? O que eu fiz para merecer isso?’. Pesquisei muito no Google, mas isso prejudicou minha saúde mental e não sou a pessoa que era antes. Eu costumava ser uma pessoa divertida, alegre e extrovertida, mas estou achando difícil aceitar”, admitiu.
Aparência física também mudou
A doença também trouxe alterações para sua fisionomia. Devido ao tratamento com imunoterápicos, Amanda passou por algumas transformações no rosto e sentiu diferença em sua disposição.
“Tive que diminuir meu horário de trabalho e sofro de cansaço extremo, por isso me deito às 20h todas as noites. Já estive muito triste, mas meu marido me convenceu a continuar lutando. Tive que mudar de casa, pois não consigo subir as escadas porque fico sem fôlego e isso já foi um pesadelo, porque amava minha casa”, contou.
O marido de Amanda, Gareth, 36 anos, abriu uma conta no Go Found Me, site de doações, com a finalidade de custear o tratamento da esposa.
“Meu marido e meu filho têm sido incríveis e sempre estiveram ao meu lado nos meus momentos mais difíceis. Tive alguns pensamentos sobre não estar aqui, mas ele conseguiu me convencer e me salvar. Só preciso olhar para o meu filho, ele é o meu propósito para seguir em frente”, declarou por fim.
Você já tinha ouvido falar da condição? Conhece alguém com a doença? Comente abaixo!
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