Com suas seis calorias por unidade ou 66 calorias a cada porção de 100 gramas, a lichia é uma fruta popular no sudeste asiático e na China, sendo menos comum em outros países.
A fruta serve como fonte de alguns nutrientes importantes para o funcionamento apropriado do nosso organismo, como: carboidratos, fibras, cobre, potássio, vitamina B2, vitamina B3, vitamina B6, vitamina B9 e vitamina C, além de ser fonte de antioxidantes. Vale ressaltar que o alimento apresenta nutrientes e antioxidantes que são importantes para a saúde humana.
Mas é verdade que a lichia pode matar?
Você já ouviu ou leu algo a respeito da história de que a lichia pode matar? Será que isso é realmente verdade?
Pois bem, de acordo com o PhD Atil Arnarson, quando consumida em moderação dentro de uma dieta saudável, não se sabe de nenhuma reação adversa que a fruta possa causar em relação à saúde. Entretanto, ele afirmou que, em casos raros, o alimento pode provocar alergias.
Conforme informações do WebMD, a lichia pode provocar reações alérgicas em pessoas que são alérgicas à bétula, às sementes de girassol, à artemísia e ao látex, por exemplo.
No entanto, de acordo com uma reportagem de fevereiro de 2017 da BBC News, cientistas dos Estados Unidos e da Índia disseram que uma doença misteriosa que matou mais de 100 crianças em um ano no norte da Índia foi provocada pela ingestão de lichias de estômago vazio.
Segundo a matéria, o que aconteceu foi que por mais de duas décadas crianças aparentemente saudáveis da região de Bihar sofreram com repentinas convulsões e perdas de consciência. De acordo com o The New York Times, aproximadamente 40% delas morreram.
A publicação contou que as vítimas também tiveram um inchaço agudo no cérebro e que foi uma pesquisa publicada no jornal The Lancet que sugeriu que a culpada por todas essas mortes foi a lichia. Mas será que é verdade isso que a lichia mata mesmo?
O jornal contou que a maioria dessas crianças eram pobres e moravam na principal região produtora da fruta, que contém toxinas que inibem a habilidade do organismo de produzir glicose, o que afetou as crianças que já estavam com os níveis de açúcar no sangue baixos, graças ao fato de não terem jantado.
De acordo com a publicação, os pesquisadores examinaram as crianças doentes recebidas em um hospital indiano entre os meses de maio e julho de 1994 e descobriram uma associação com um caso de surto de uma doença que causou inchaço cerebral e convulsões em crianças no Caribe.
Esse surto do Caribe foi causado por uma fruta chamada ackee, que possui uma toxina chamada hipoglicina, responsável por evitar que o organismo produza glicose, informou a BBC News, que também relatou que testes mostraram que a lichia também contém a tal da hipoglicina.
Por conta disso, autoridades sanitárias avisaram aos pais para se certificarem de que as suas crianças fazem uma refeição noturna e que limitem a quantidade de lichias que consomem, informou a BBC News.
A reportagem ainda relatou que as autoridades sanitárias dizem que as crianças com sintomas do surto devem ser rapidamente tratadas como quadro de hipoglicemia – que são os baixos níveis de açúcar no sangue.
Felizmente, o número de casos registrados da doença caíram de centenas ao ano para 50, informou o jornal The New York Times, de acordo com a BBC News.
Cuidados com a lichia
Vimos que os problemas graves associados à lichia aconteceram em decorrência do seu efeito de diminuir os níveis de glicose no sangue. Logo, podemos entender que ela não é apropriada para quem sofre com a hipoglicemia.
Justamente por conta do seu efeito de diminuir os níveis de açúcar no sangue, o WebMD indicou que pessoas que sofrem com diabetes tenham cuidado ao consumir a fruta.
Isso porque quem sofre com a doença certamente já segue um tratamento com medicamentos ou estratégias para reduzir as taxas sanguíneas de açúcar. Assim, o consumo da fruta aliado ao tratamento pode causar quedas muito drásticas desses níveis.
O mesmo cuidado serve para quem tem cirurgias marcadas, já que existem preocupações de que a fruta possa interferir com o controle das taxas de açúcar no sangue depois do procedimento. Assim, a instituição recomendou parar de consumir a lichia duas semanas antes da data marcada para o procedimento.
Não existem informações suficientes sobre a utilização da lichia durante a gestação e a fase do aleitamento e, portanto, recomenda-se que mulheres que se encontram nesses estágios ajam com segurança e evitem o alimento.
O WebMD aconselhou ainda que pessoas que sofrem com doenças autoimunes como esclerose múltipla, lúpus e artrite reumatoide tenham cuidado em relação ao consumo da lichia porque a fruta pode aumentar os sintomas de uma doença autoimune, por fazer com que o sistema imunológico torne-se mais ativo.
Vídeos:
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Uma delicia só estou cm uma dúvida, qtas podemos comer por dia?
É a primeira vez que escuto sobre a lichia. Já saí para comprar. Primeira vez que experimento. Uma delícia. Obrigado pelo vídeo.